Hoje falo-vos sobre a amamentação.
Quando uma pessoa está grávida é sujeita a uma espécie de lavagem cerebral sobre os benefícios do leite materno, não obstante, somos também alertadas para o facto das mães e das sogras serem as nossas principais inimigas neste processo, ainda que de forma (obviamente) involuntária.
Passo a explicar.
Assim que o Santiago nasceu fiz logo questão de o tentar amamentar nas primeiras horas de vida - era importante para ele, era importante para nós.
Embora não quisesse cair em grandes fundamentalismos, eu gostava de poder amamentar, no entanto, se não fosse algo prazeroso para ambos, sabia que não iria insistir neste processo. Mas tudo correu bem, mesmo na subida do leite e, passados mais de 3 meses, continuo a amamentar. Apenas porque eu quero. Simplesmente porque eu quero.
Contudo, não tem sido fácil esta batalha da amamentação. Quando as enfermeiras alertavam para o facto de nos mantermos invictas nesta convicção, achei que estavam a exagerar porque quer a minha mãe, quer a minha sogra eram pessoas informadas e sabiam dos benefícios do leite materno. Enganei-me. Enganei-me redondamente.
Quer uma, quer outra, já exerceram pressão com aquela frase tão famosa: isso é fome. É sempre fome. Por vontade delas já o deviam querer a comer um ensopado de borrego. Caramba, eu juro que pensei que isto não me ia acontecer e tenho a certeza que esta pressão exercida sob mamãs menos confiantes pode fracassar a amentação. Mas eu tenho batido o pé, e não me demovem assim, sem mais nem menos. Se os médicos dizem que ele está óptimo, então em equipa que ganha não se mexe.
É claro que dar mama tem inúmeros benefícios, mas também tem diversas desvantagens para a mulher: é o peito que fica sem graça, é a barriga que não pode ir ao lugar tão depressa quanto queremos porque não podemos entrar em dietas malucas, é o tempo despendido para amamentar; ... entre outras. E quando se aliam estas desvantagens à pressão feita pelos pais/sogros, então é um instantinho até uma pessoa se virar para o biberão. Mas comigo deram-se mal. Até que o pediatra entenda, haverá leitinho exclusivo para o Santiago.
Por isso mamãs, se estão a amamentar, e se o fazem realmente por gosto, não cedam a pressões e batam o pé. Falem com quem sabe e com quem acompanha o crescimento do vosso bebé. A confiança por parte dos profissionais de saúde é realmente importante.
Mas da mesma forma que vos digo para amamentarem, também vos digo que caso não tenham prazer em alimentar o vosso filho desta forma (pelos mais variados motivos), não entrem em desespero, felizmente hoje em dia há tantas soluções.
Apreciem a felicidade, a vossa e a do vosso filho num momento tão especial como este. O resto é conversa.