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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

TREINO PÓS-PARTO.

E eis que chegou a hora de recuperar a linha. Após 5 semanas e meia do grande dia, decidi voltar a calçar os ténis e regressar ao exercício físico. Weeeee, bora lá que isto só custa começar.

Por aqui, os treinos caseiros pós-parto têm normalmente a duração de 60 minutos, divididos por: 20 min de bicicleta, 15 min de exercícios de braços e 25 min de exercícios de abdominais e glúteos. Parece o plano perfeito para o sucesso, certo? Pelo menos eu quero acreditar nisso.

É claro que a minha mãe me faz questão de me lembrar todos os dias que não posso exagerar no exercício porque ainda é tudo muito recente, mas caramba, não tenho roupa decente que me sirva!! Como tal, músculos à obra!!

E que exercícios faço eu? 



Quem está comigo?

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

AQUELE MOMENTO...

... Em que te ligam a convidar para um baptizado e tu, no instante seguinte, vais contar os dias que faltam para tal evento.

É verídico, tenho precisamente 47 dias para parecer a Princesa Kate.


1 minuto de silêncio por favor.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

COMO FOTOGRAFAR O 1.ºANO DO BEBÉ.

E porque estamos a poucos dias do primeiro mês...
... vamos lá colocar a imaginação a funcionar!!










quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O QUE ACONTECIA NO MUNDO.

Estava eu a actualizar o álbum do meu filhote, quando me deparei com o capítulo "O que acontecia no mundo".

Parece que este capítulo pretende assinalar as grandes referências do dia do nascimento - 9 de Julho. Como tal, e porque não me quero esquecer de nada, tinha pensado que me poderiam ajudar com as questões abaixo:


  • Que músicas estão na moda?
  • Quais os filmes mais populares?
  • Qual o livro do ano?
  • Que líderes mundiais se destacam?
Posso contar convosco?
Espero que sim! 

Até lá, vou procurar as principais notícias deste dia.

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O MEU PARTO - PARTE II

09.Julho.2015

3h00. Lembro-me de acordar com os gemidos de uma mulher e, passados alguns segundos, sentir algo a escorrer-me entre as pernas. Pensei que me tivessem rebentado as águas, mas não, era apenas o rolhão mucoso - o parto poderia estar iminente. Já sentia algum desconforto que poderiam ser contrações, mas até aqui tudo era suportável. 

4h30. Rebentaram-me as águas e neste momento as contrações já eram bem seguidinhas e muito fortes.

5h00. Enviei uma mensagem ao meu marido a dizer que estava cheia de dores. Lembro-me de pensar: tenho que desabafar com alguém, estas dores são insuportáveis como o raio! A esta hora já estava bem inquieta, tentava respirar como me tinham ensinado mas as malditas eram bem dolorosas. Eu pensava que ia ser canjinha mas estava tão aflita que os "ai's" não me aliviavam. Lembro-me de vomitar. Abanava-me com um leque, mordia o lençol para não causar alarido, e sentia-me estremecer com as contrações que vinham sempre acompanhadas de perda de líquido. Felizmente, uma enfermeira com cara de anjo teve piedade de mim e começou a tratar de tudo para levar a epidural. Nesta altura já tinha o marido à porta da maternidade e sabia que ele poderia entrar para a sala de partos assim que fosse anestesiada. 

7h00. Levei a epidural. MINHA NOSSA, QUE COISA TÃO MARAVILHOSA - era menina para lhe fazer uma oração!!!
Sei que até a levar me torcia com dores, tive quebras de tensão, vomitei por diversas vezes e por pouco não desmaiei. Sentia o organismo confuso, a entrar em colapso - que sensação tão estranha. Lembro-me da obrigatoriedade de me manter estática para haver sucesso neste processo. Tinha medo de não conseguir, mas de mão dada com a enfermeira-anjo, tudo correu bem. Rapidamente senti uma quebra na intensidade das contrações e com a presença do meu marido tudo ficou mais fácil - é incrível como a pessoa certa ao nosso lado pode fazer a diferença. 
Com o decorrer das horas, e com o avançar do trabalho de parto, as dores começaram a voltar, embora que menos intensas - explicaram-me que seria importante para poder fazer força na altura certa. Aqui, mais uma vez, ter o marido ao meu lado foi imprescindível, pois ele estava atento ao CTG e fazia as respirações comigo. Pode parecer exagero, mas foi crucial porque a esta altura eu já estava exausta. Acreditem ou não, o cansaço era tanto que quando me concentrava nas respirações me deixava dormir.
Vomitei-me mais umas quantas vezes, continuei com quebras de tensão e, no CTG, sentia o meu Santiago a fugir a cada segundo. 

11h30. Numa observação que seria apenas mais uma, constataram que a dilatação já estava completa, e que o parto seria num instante. Ouvi: vamos já a isto. A equipa médica preparou-se, a sala estava cheia de técnicos e o marido estava ali, mesmo ao meu lado. Pediram-me para fazer força e, apesar de no início a técnica não me sair correcta, depressa consegui aprender. Mas estava confusa, havia muita gente, muita agitação. O marido ajudava-me, mas eu sentia-me tão exausta. Lembro-me depois de uma respiração quase ficar inanimada e do meu marido me agarrar preocupado - aqui a médica não achou muita piada. 
O Santiago tinha entrado no canal, mas estava muito esticado e subido. Posteriormente, soube que o cordão umbilical era curto, o que também dificultou o processo de expulsão. Com dois médicos a favor do parto natural, fizeram de tudo para expulsar o meu filho. O médico, que devia ter mais de 100kg's apertava-me a barriga enquanto a médica o tentava puxar. Fizeram-me a episiotomia. E ouvi a palavra ventosa. Lembro-me de olhar para a enfermeira-parteira e dizer que não queria esse método. Mas não havia tempo para esquisitices, depois de 2 ventosas, sem sucesso, mandaram sair o meu marido e preparam os fórceps. Nesta altura eu só pensava no meu filho, que poderia ficar com a cabeça magoada, além das complicações de poder ficar sem oxigénio durante o parto e das consequências que daí poderiam advir - às vezes, gostaria de ser mais ignorante porque aqui o meu pensamento só remetia para paralisias. Fiz força, fiz toda a força que pude. Estava assustada. E, depois de muito sangue perdido, o meu Santiago finalmente nascia. Eram 12h14. Pedi à enfermeira-parteira para que o meu marido cortasse o cordão, mas não havia tempo para isso. Ele não chorou ao nascer e fiquei bloqueada. Segundos depois ouvi-lhe a voz, só queria saber se ele estava bem e porque é que ele não tinha chorado. Mas todos me descansaram. Estava na altura de voltar a fazer força para expulsar a placenta - outra etapa de bastante complexidade. Facilidades não são comigo, está visto! Mais tarde, quando comecei a ser cosida, o marido pode entrar para saber como eu estava. Não me lembro da cara dele, apenas que tinha a camisa branca com sangue que na altura pensei ter sido por ter pegado o nosso filho ao colo, mas que horas depois me contou que era meu e que tinha espirrado aquando o insucesso da primeira ventosa. A médica, por sua vez, teve que ir tomar banho porque estava cheia de sangue - segundo percebi, toda aquela sala de partos ficou idêntica a um matadouro. Felizmente não me lembro. Passados alguns minutos, ainda não tinha conseguido estabilizar a respiração e aí trouxeram-me o meu filho, despido, para que nos pudéssemos acalmar mutuamente. E o famoso contacto pele com pele resultou. 90 minutos depois, e já com o tapete de arraiolos genital concluído, preparei-me para sair da sala de partos, mas não sem antes voltar a vomitar. 

13h50. Cheguei finalmente ao meu novo quarto. Bebi um chá, minutos depois comi uma sopa, e logo tentei amamentar o meu filho. O susto tinha finalmente passado, as dores já estavam esquecidas, e nós éramos agora uma família mais completa e feliz.

19h00. Levantei-me pela primeira vez. Não fiquei tonta e consegui ir à casa de banho, embora com alguns receios. Doía-me a barriga, que mais tarde evidenciou as marcas do saco de boxe que tivera sido horas antes. Olhei-me ao espelho, e a barriga que parecia um saco de água descongelada, apresentou-se com algumas estrias. Mas como é possível, se antes estava tudo tão perfeito? Será que foi do esforço e de apertarem com ela? 

Mas tudo passa.

O dia 9 de Julho mudou realmente a minha vida, trazendo mais amor e excitação. É verdade quando dizem que não devemos idealizar o parto para não nos desiludirmos, porque apesar de não saber o que queria, eu sabia bem o que não queria e ventosas e fórceps estavam de todo riscados da minha lista. Mas o Santiago, o meu valentão, quis um parto com TI (Tudo Incluído) e por isso nada lhe foi poupado. Felizmente, e dadas as circunstâncias, ele ficou óptimo e eu só posso estar agradecida por isso.

Se foi fácil? Claramente que não, e o meu maior medo era desmaiar durante o parto e aí sim complicar ainda mais as coisas, mas garanto-vos que estou pronta para a próxima (sim, pode ser cesariana apenas por uma questão de saúde).

Termino este relato com um agradecimento especial ao meu marido porque esteve sempre (que possível) ao meu lado; e à equipa médica do hospital público onde estive internada porque foram todos incansáveis - quer comigo, quer com o meu marido. Tivemos muita sorte.